domingo, 15 de abril de 2012

Evangelho São Mateus - Cap. 13 e 14


Proposta de Estudo : 2 Capítulos por dia - do Evangelho de São Mateus
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Bíblia Sagrada
Novo Testamento
Evangelho segundo São Mateus
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Capítulo 13 - dia 7
1 Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago. 2 Acercou-se dele, porém, uma tal multidão, que precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem. 3 E seus discursos foram uma série de parábolas. 4 Disse ele: Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. 5 Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda. 6 Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes. 7 Outras sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. 8 Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um. 9 Aquele que tem ouvidos, ouça. 10 Os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: Por que lhes falas em parábolas? 11 Respondeu Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. 12 Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem. 13 Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e,
ouvindo, não ouçam nem compreendam. 14 Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, 15 porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s). 16 Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem!  Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! 17 Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver
22 o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não ouviram. 18 Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador: 19 quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho. 20 O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida, 21 mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda. 22 O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa. 23 A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um. 24 Jesus propôs-lhes outra parábola: O Reino dos céus é semelhante a um homem que tinha semeado boa semente em seu campo. 25 Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu. 26 O trigo cresceu e deu fruto, mas apareceu também o joio. 27 Os servidores do pai de família vieram e disseram-lhe: - Senhor, não semeaste bom trigo em teu campo? Donde vem, pois, o joio? 28 Disse-lhes ele: - Foi um inimigo que fez isto! Replicaram-lhe: -
Queres que vamos e o arranquemos? 29 - Não, disse ele; arrancando o joio, arriscais a tirar também o trigo. 30 Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifadores: arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar. Recolhei depois o trigo no meu celeiro. 31 Em seguida, propôs-lhes outra parábola: O Reino dos céus é comparado a um grão de mostarda que um homem toma e semeia em seu campo. 32 É esta a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros vêm aninhar-se em seus ramos. 33 Disse-lhes, por fim, esta outra parábola. O Reino dos céus é comparado ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha e que faz fermentar toda a massa. 34 Tudo isto disse Jesus à multidão em forma de parábola. De outro modo não lhe falava, 35 para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação (Sl 77,2). 36 Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explicanos a parábola do joio no campo.
23 37 Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. 39 O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos. 40 E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo. 41 O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal 42 e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. 43 Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça. 44 O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45 O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46 Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. 47 O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. 48 Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentamse e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta. 49 Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos 50 e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes. 51 Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles. 52 Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas. 53 Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu. 54 Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa? 55 Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57 E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado. 58 E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres. 24

Capítulo 14
1 Por aquela mesma época, o tetrarca Herodes ouviu falar de Jesus. 2 E disse aos seus cortesãos: É João Batista que ressuscitou. É por isso que ele faz tantos milagres. 3 Com efeito, Herodes havia mandado prender e acorrentar João, e o tinha mandado meter na prisão por causa de Herodíades, esposa de seu irmão Filipe. 4 João lhe tinha dito: Não te é permitido tomá-la por mulher! 5 De boa mente o mandaria matar; temia, porém, o povo que considerava João um profeta. 6 Mas, na festa de aniversário de nascimento de Herodes, a filha de Herodíades dançou no meio dos convidados e agradou a Herodes. 7 Por isso, ele prometeu  com juramento dar-lhe tudo o que lhe pedisse. 8 Por instigação de sua mãe, ela respondeu: Dá-me aqui, neste prato, a cabeça de João Batista. 9 O rei entristeceu-se, mas como havia jurado diante dos convidados, ordenou que lha dessem; 10 e mandou decapitar João na sua prisão. 11 A cabeça foi trazida num prato e dada à moça, que a entregou à sua mãe. 12 Vieram, então, os discípulos de João transladar seu corpo, e o enterraram. Depois foram dar a notícia a Jesus. 13 A essa notícia, Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a multidão das cidades o seguiu a pé. 14 Quando desembarcou, vendo Jesus essa numerosa multidão, moveu-se de compaixão para ela e curou seus doentes. 15 Caía a tarde. Agrupados em volta dele, os discípulos disseram-lhe: Este lugar é deserto e a hora é avançada. Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia. 16 Jesus, porém, respondeu: Não é necessário: dai-lhe vós  mesmos de comer. 17 Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes. _ 18 Trazei-mos, disse-lhes ele. 19 Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo. 20 Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios. 21 Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças. 25 22 Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 23 Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite, estava lá sozinho. 24 Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror. 27 Mas Jesus logo lhes disse: Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo! 28 Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti! 29 Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. 30 Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me! 31 No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste? 32 Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou. 33 Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus. 34 E, tendo atravessado, chegaram a Genesaré. 35 As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar por todos os arredores. Apresentaram-lhe, então, todos os doentes, 36 rogando-lhe que ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E, todos aqueles que nele tocaram, foram curados.

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